Este é um trabalho feito a partir de memórias pessoais — de cada um dos participantes — e coletivas — inspiradas no Arquivo Fotográfico de Gaia e no Centro Interpretativo do Património da Afurada. Através destas memórias e de um processo de colaboração entre várias vozes tentamos encontrar a nossa identidade como grupo. Este é um coletivo que acaba por se traduzir numa multiplicidade que se baseia num processo inclusivo de negociação de um espaço comum onde descobrimos a possibilidade de acomodar todas as nossas diferenças.

Arrimo é um espetáculo multifacetado de dança e de música que pretende elevar um ideal de colaboração através de uma prática que incluiu um trabalho de oficina com várias coletividades de Gaia e artistas profissionais e não profissionais. No final, este é um encontro proporcionado pelo lugar que transpira a heterogeneidade do território deste município no que diz respeito às suas paisagens humanas e geográficas. Uma conversa entre vizinhos, Arrimo é um divertimento generoso que vive da abertura e disponibilidade de pessoas muito diferentes que se encontram no prazer da contemplação da beleza e da partilha artística.