Quipu - uma pesquisa sobre arquivo e notação
O quipo consiste num sistema de comunicação, “Um só quipo podia conter centenas de cordões e milhares de nós”. Com esta ideia de registo e interpretação decidi revisitar o meu percurso como criadora, listar todos os solos que fiz ao longo destes doze anos. Selecionei sete: Bathory (2006), Ájax Entretido (2010), Amoragaperos (2010), Vislumbre (2013), After ou só depois (2015), O Eterno Retorno de um Abismo (2015) e Speeches (2016).
A decisão de escolher sete é justificada pela misticidade do número 7 (sete), totalidade, perfeição e consciência, além de representar a conclusão cíclica e renovação.
Revisitar, reinterpretar e reutilizar o material explorado anteriormente não só numa perspectiva de reciclagem mas também numa renovada tentativa de encontrar respostas. Há um constante questionamento presente no meu trabalho, uma reflexão sobre a humanidade em si, sobre o propósito de cada um, sobre as consequências, as ascendências e as descendências de cada um. Uma análise profunda da nossa sociedade é refletida nas diferentes peças e os momentos que experienciamos como colectivo podem ser revividas pelo indivíduo.
Ficou a ideia de criar um sistema de linguagem que permitisse, usando diferentes algoritmos, originar um mundo infinito de possibilidades e de realidades.
Criação e Investigação
Mariana Amorim
Desenho de luz e espaço cénico
Ricardo Alves
Composição musical e interpretação
Domingos Alves
Produção
Esquiva Companhia de Dança
Ficha Artística